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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Minha Casa, Minha Vida ou Minha Morte

Hoje, juntamente com os moradores da Rua José Francisco Leandro da Fonseca no Bairro de Santa Rosa - Palmares-PE, estivemos na sede do poder executivo palmarense, tentando uma audiência com o Exmo. Sr. Prefeito, na tentativa de sensibilizá-lo do problema que essas famílias vem enfrentando desde março deste ano, quando foram surpreendidos pela ação judicial impetrada pela Transnordestina Logística S/A, em desfavor das mesmas. O processo de reintegração de posse vem causando pânico aos homens, mulheres, crianças e idosos que são obrigadas a conviver com a ameaça de ver suas casas demolidas sem direito a nenhuma indenização, sequer, pelas benfeitorias realizadas no local. A ação vem se arrastando desde março, mas, recentemente (06/out/2011), ocorreu uma decisão proferida pelo Tribunal Federal da 5º Região que determina essas famílias a deixarem suas casas, no prazo de 30 dias, onde já residem por mais de 16 anos, sob pena de incorrer em crime de desobediência (Art. 330, do CPB). Como o processo transcorre, sem julgamento do mérito e se agravando com a recente decisão, resta-nos agora apelar para aqueles que dizem representar o povo, principalmente os simples e humildes, que mais carecem de suas ações para amenizar o sofrimento e pressão psicológica. A minha luta com essas famílias tem sido titânica, já fizemos protestos em praça pública, nos reunimos com padres e bispo, advogados representantes da autora da ação (Transnordestina Logística S/A), percorremos gabinetes dos juízos estadual e federal, sem encontrar a luz que possa salvar o único bem que possui essas pessoas, no lugar onde moram e sonham viver com o mínimo de dignidade.
Sinto-me impotente diante da situação, quando falo com os políticos de mandato, Prefeito, Vice-prefeito, vereadores, deputados estaduais e federais, logo se apressam em interpretar minhas ações como políticas. Isso me deixa triste e arrasado. Não entendo, se procuro uma forma de ajudar pessoas tão sofridas, carentes e necessitadas da minha cidade, o faço por interesse político, se cruzo os braços, sou omisso. O que fazer então?
Mas independente de qualquer coisa, não estou minimamente preocupado com o juízo que fazem a meu respeito, vou continuar minha luta e ações, defendendo meus ideais e as coisas que acredito serem justas e boas.
Não estou pedindo votos. Estou implorando atenção e respeito para uma gente já tão massacrada e humilhada, que sobrevive a margem do poder do qual deveriam ser os verdadeiros mandatários.

domingo, 6 de novembro de 2011

Quando?

 
A grande dificuldade do governo do estado é cumprir prazos. Este local que aparece na foto, é justamente a área onde ficou acertado que será construído o Polo Comercial que abrigará os comerciantes da Av. José Américo de Miranda, no Bairro Santa Rosa/Palmares. Até o momento não se verificou nenhum sinal com direção a implantação do projeto que foi apresentado para os comerciantes que terão que deixar a área ribeirinha. No terreno, localizado as margens da BR 101, ao lado da Escola Agrícola, estão acampadas várias famílias do movimento Sem Terra, que sequer foram informadas que terão que deixar a terra. Com tantas prioridades, barragens, casas, hospital, quando será que o empreendimento estará pronto e entregue aos bravos guerreiros do comércio palmarense?