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sábado, 25 de junho de 2011

Mais três barragens em estudo

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) selecionou a empresa IBI Engenharia Consultiva Ltda para elaborar os projetos básicos das barragens de Igarapeba, localizada na bacia hidrográfica do Rio Una, no município de São Benedito do Sul, e da barragem de Barra de Guabiraba e do Canal de Desvio, ambos localizados na bacia do Rio Sirinhaém, no município de Barra de Guabiraba. No mês passado, o Itep já havia fechado com a empresa Techne Engenheiros Consultores Ltda para elaborar o projeto básico da barragem de Serro Azul, em Palmares. As três obras fazem parte do sistema de prevenção de enchentes que o Governo do Estado quer concluir até o fim de 2013.

As empresas IBI e Techne terão quatro meses para realizar os estudos hidrológicos, topográficos, geotécnicos e geofísicos, assim como desenhos do projeto básico da barragem e especificações técnicas para a construção do empreendimento.
Enquanto os projetos e as obras das barragens não forem concluídos, o Governo do Estado vem fazendo o cadastramento dos moradores das áreas que serão alagadas pelos reservatórios. No total, serão cinco novas barragens.
Na próxima segunda-feira, a população que será atingida pela construção da barragem de Serro Azul participa de uma reunião no Engenho Verde, em Palmares, com os representantes do grupo de trabalho da Zona da Mata Sul.

Também estão previstas reuniões em Catende, Lagoa dos Gatos e Cupira. Os três municípios têm comunidades que serão alagadas pelos reservatórios das novas barragens.
Através das reuniões com a população e autoridades locais, há o pré-agendamento das visitas às propriedades rurais e urbanas. A equipe só vai até o local a ser cadastrado se o proprietário estiver presente. Isso tem contribuído bastante para agilizar o processo, afirmou o engenheiro cartógrafo Aramis Leite, da Unidade de Geoinformação do Itep, que coordena o cadastramento.

O sistema de prevenção de enchentes do Governo do Estado foi anunciado no dia 5 de maio pelo secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, João Bosco de Almeida. As obras ocorrerão nos municípios de Cupira (Panelas2), Lagoa dos Gatos (Gatos), Palmares (Serro Azul), São Benedito do Sul (Igarapeba) e Barra de Guabiraba (Guabiraba). 

O ritmo normal da construção de uma barragem é de dois anos apenas para se fazer o estudo técnico. Conseguiremos terminar essa fase em seis meses, frisou o secretário, no mês passado.
A expectativa é que as duas primeiras barragens sejam concluídas até o inverno do ano que vem. A maior e mais importante delas será erguida em Palmares para conter o Rio Una, responsável pelos maiores estragos na Mata Sul pernambucana. A barragem Serro Azul poderá acumular 380 milhões de metros cúbicos de água e vai custar R$ 480 milhões.
Fonte: Jornal do Commercio

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Reconstrução de cidades arrasadas é avaliada

Prefeitos e representantes de nove municípios da Mata Sul que estão em estado de Calamidade Pública devido às chuvas que ocorreram no mês de maio, se reuniram com o governador Eduardo Campos, na manhã de ontem. O encontro serviu para avaliar a situação em que se encontram essas cidades e as ações que estão sen­do realizadas. Este foi o terceiro encontro de monitoramento desde as enchentes e, além do governador e dos representantes municipais, participaram dez secretários estaduais de pastas ligadas diretamente à Operação Reconstrução.

Na primeira parte da reunião foi apresentado o andamento das obras nas cidades atingidas. Reconstrução e reformas de escolas estaduais e municipais, construção de moradias, obras nas estradas e pontes, além da recuperação de equipamentos públicos foram os pontos centrais da discussão. “A prioridade é acelerar o processo de construção das cinco bar­ragens anunciadas. Até o final deste ano as obras já terão sido iniciadas. Além disso, a entrega das casas também é um ponto que estamos acompanhando de perto. Em dezembro, serão 4,5 mil moradias entregues”, garantiu Eduardo Campos.

No total, serão 12 mil casas construídas nas áreas afetadas pelas enchentes. Além disso, segundo o secretário de Educação, Anderson Gomes, mais de 200 escolas passarão por reformas por causa das chuvas de 2010 e 2011. Já o cronograma de construção das represas foi apresentado no encontro pelo secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida. Todas elas terão as obras iniciadas numa parceria com o Governo Federal. Juntas, as cinco barragens devem receber cerca de R$ 650 milhões em investimentos divididos meio-a-meio entre Estado e União.

O próximo encontro do Governador com os prefeitos da Mata Sul está marcado para 2 de agosto. Participaram da reunião os prefeitos de Água Preta, Catende, Xexéu, Cortês, Palmares e Primavera. As cidades de Maraial e Barreiros enviaram representantes. Apenas o município de Jaqueira não teve representantes na reunião. O investimento total está orçado em cerca de R$ 2 bilhões, divididos entre os governos Federal e Estadual.

Fonte: Folha de Pernambuco

terça-feira, 21 de junho de 2011

Moradores reagem as ameaças da Transnordestina em demolir casas

Edson Silva conversa com as famílias
Moradores instalaram fogão e serviram o café da manhã
Moradores de concentram da Praça Paulo Paranhos
Edson Silva defende o pleito dos moradores
Faixas e cartazes expressam o pânico das famílias
Faixas e cartazes expressam o pânico das famílias
 Moradores da Avenida Franscisco Leandro da Fonseca, no bairro de Santa Rosa, em Palmares, promoveram manifesto contra a Transnordestina, que ameaça demolir as casas dos moradores sem indenizá-los ou dá-lhes qualquer alternativa para que continuem a viver com o mínimo de dignidade.
Edson Silva convoca os poderes constituídos para ajudar essas famílias
 O local escolhido para o protesto foi a Praça Paulo Paranhos, localizada no centro da cidade. Vestidos de preto, as famílias organizaram um café da manhã que foi servido a todos que passavam na Praça Paulo Paranhos, área central do município.
Faixas e cartazes expressam o pânico das famílias
Os moradores pretendem chamar a atenção das autoridades para situação de pânico que vivem, por conta das ameaças da Transnordestina, concessionária do Governo Federal, responsável pelas obras de expansão da malha ferroviária que corta a cidade, que impetrou ação judicial contra os moradores para que deixem o local, onde edificaram suas casas há mais de vinte anos.
Pessoas que compareceram ao local tomaram o café da manhã
 “Não somos contrários ao progresso e desenvolvimento, desde que não seja usado essa justificativa para penalizar tantas pessoas que construíram suas casas no local por falta de opção oferecida pelo poder público, que desde as primeiras edificações sempre foi favorável a ocupação. Basta observar que as moradias dispõem do fornecimento regular de água, energia e iluminação pública”. Explicou Edson Silva, representante dos moradores.
Caso as autoridades e os poderes constituídos não encontrem uma saída que seja boa para essas famílias, os manifestações irão continuar, prometem os moradores.

domingo, 19 de junho de 2011

Transnordestina ameaça demolir casas em Palmares

Moradores de Palmares, na mata sul, vestidos de preto, com faixas e cartazes, realizam nesta segunda (20), a partir das 7:00h, ato de protesto na Praça Paulo Paranhos, área central da cidade. Os moradores servirão café da manhã para todos que participarem do evento, em seguida caminharão pelas ruas centrais do município.
O manifesto é contra a Transnordestina, concessionária do Governo Federal que vem ameaçando demolir casas construídas, as margens dos trilhos da antiga RFFSA, a já extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, que corta a cidade. Quem reside nessas imediações, foi surpreendido com ação judicial, impetrada pela Transnordestina Logistica S.A., que determina a demolição dos imóveis, sem que os moradores tenham direito, sequer, a indenização pelas benfeitorias edificadas no terreno que pertence ao Governo Federal, mas que foi ocupado a mais de vinte anos por centenas de imóveis, em sua grande maioria, residências.

“Os moradores edificaram suas casas neste terreno da União, há mais de vinte anos e não podem agora, sobre a justificativa do progresso, abandonar suas moradias, único bem que possuem, sem direito a nenhuma indenização ou novo local para que ergam suas casas. Ninguém é contrário a desocupação da área, até porque entendemos que a obra a ser feito é importante para o país, mas a vida de milhares de famílias deve está em primeiro plano”.  Afirmou Edson Silva, representante dos moradores.