A partir de segunda-feira (23), agentes da Polícia Civil realizarão vistorias de veículos em dez cidades do interior de Pernambuco. Peritos da Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Veículos (DRRFV) analisarão documentos para poder atestar que automóveis, motos e caminhões de outras unidades da Federação não são fruto de roubo ou possuem características alteradas. Só assim terão condições de emitir o certificado de Nada consta, documento exigido para transferir o bem para Pernambuco. No ano passado, 25.845 veículos foram regularizados no Estado. As ações serão realizadas a cada mês nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de Belo Jardim, Arcoverde, Caruaru, Palmares, Garanhuns, Ouricuri, Araripina, Salgueiro, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira. As visitas ocorrerão das 8h às 13h e das 14h30 às 16h, nas datas preestabelecidas. Ao todo, 90 visitas para a realização de vistorias serão promovidas até novembro.
Mais de um ano e meio depois da tragédia que destruiu a nossa cidade, resolvemos voltar ao prédio onde funcionava, até poucos dias antes da cheia, o Teatro Cinema Apolo, inaugurado em 06 de janeiro 1914. Em 1984, após passar por reformas, ele foi reinaugurado pela primeira vez. O lugar passou a abrigar a sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, autarquia municipal responsável pelo fomento das atividades culturais em nosso município. As vésperas da grande catástrofe, ocorrida em junho de 2010, quando Palmares completou 131 de emancipação política, o Theatro Apolo, terceiro cine teatro mais antigo do estado, havia sido reinaugurado pela segunda vez, após um longo período em reforma. Foram investidos na recuperação, R$ 2 milhão de reais. Até 17 de janeiro de 2012, data em que fizemos a gravação das imagens, as portas do lugar ainda estavam fechadas. A lama, umidade, mofo e falta de amor a arte, estão presentes naquela edificação que marcou a vida de tantas gerações.
O espaço, mesmo tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), não passou, sequer, por qualquer processo de limpeza, a não ser a realizada pelos membros do GRUCALP, Grupo fundado pelo artista Teles Junior e mantido por seu filho Jaorish Teles, um foco de esperança no resgate da cultura e arte em nossa cidade. Conversamos com o artista, que nos relatou, indignado, o abandono à que é submetido a cultura e tradições do povo palmarense. Jaorish nos contou que a secretária de cultura da prefeitura dos Palmares, Lúcia Helena, disse que não pode mexer nas instalações sem a autorização da FUNDARPE. Mas, nem a limpeza do espaço, após quase dois anos da enchente?
Os equipamentos, caríssimos e importados, que foram instalados quando da reforma, podem ser vistos abandonados e ainda cheios de lama. Móveis históricos, como cadeiras, poltronas e a antiga bilheteria do teatro, estão apodrecendo.
É mesmo lamentável que um prédio com tanta história, que representa as tradições, cultura e costumes de um povo, ainda esteja nas condições que você verá na matéria da TV CIDADE. Assista, e revolte-se.
A volta do prefeito Marquinhos Maraial (PSB) à Prefeitura de Maraial, ainda vai dar muito o que falar nessa cidade da Mata Sul de Pernambuco. Ele havia sido afastado do cargo por 21 dias numa decisão do juiz da Comarca, José Wilson Soares, sob acusação de improbidade administrativa e de desviar quase R$ 500 mil dos cofres municipais, mas reassumiu as funções por determinação do TJPE. Ontem, uma passeata contra o retorno do prefeito reuniu cerca de 50 pessoas e deveria ocorrer no mesmo horário da sessão ordinária da Câmara Vereadores, às 16h, mas o prédio ficou fechado e apenas dois vereadores apareceram no local: Manoel Telino (PR) e Gilberto Florêncio (PSD). O protesto ocorreu na Avenida Salvador Teixeira, em frente ao Legislativo municipal e o foco era justamente os vereadores que tiveram a oportunidade de cassar o prefeito, rejeitando as suas contas, e não fizeram. O prefeito nega todas as acusações, afirmando que elas fazem parte de um complô político visando as eleições de outubro próximo.
É sofrível a atuação dos parlamentares municipais palmarenses. Durante toda essa legislatura, que está chegando ao fim este ano, não conseguimos computar informações que pudessem justificar ação eficaz do poder legislativo da nossa cidade. A representação, não passa de um grande imbróglio. Com exceção, de alguns, que travam um debate mais acalorado, nesse ou naquele encontro, sobre uma ou outra questão, apesar dos resultados pífios, as reuniões das quintas-feiras, no prédio da ACIAP – Associação Comercial e Industrial dos Palmares -, sede provisória aonde acontece às sessões, não passaria de um encontro de pouco mais de meia dúzia, para tratar de temas importantes, que exigem conhecimento profundo e espírito de luta para fazer valer os ganhos reais para a população. É bem verdade, que tenho freqüência rara naquele espaço nos dias de reunião, mas a julgar sobre o que ouvimos de quem não perde um encontro, falta a esses representantes do povo, com foco, aqueles de oposição, fazer valer as Leis que lhes investem de porta vozes das massas para que a gestão pública caminhe na estrada da transparência e realizações necessárias ao povo. Outro dia, bem recentemente, ouviu-se falar em desmandos cometidos na FAMASUL – Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul -, autarquia educacional mantida pelo governo municipal. Na Câmara de Vereadores, os ânimos se exaltaram pela criação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito –. A concepção dela poderia esclarecer os fatos. Claro, por ter maioria na casa, a gestão municipal, comandada pelo prefeito Beto, logo recrutou sua base e sepultaram a semente da transparência que poderia trazer à luz as ações patrocinadas com dinheiro público. Mas isso é apenas um exemplo, apenas um. Se enveredarmos em temas diversos, talvez, chegaremos à conclusão que com, ou sem legislativo, Palmares seguiria inalterada do ponto de vista administrativo.
Sim!!!
Desde a festa "hiptonizante", já se passaram muitas luas sem que o prefeito dos Palmares preste contas do Forromares. Nós palmarenses, gostaríamos muito de saber o que foi feito com o dinheiro arrecadado na venda de camarotes e cobrança de impostos do evento. São milhares de reais, que deveriam ser deduzidos das despesas gerados pela festa, e que tomaram destino incerto e não sabido, sem que ninguém da administração municipal traga à luz, informações relativas ao ocorrido. Para agravar ainda mais o quadro, os parlamentares que compõem o Poder Legislativo (Câmara de Vereadores) não ligam a mínima para o caso. É como se o dinheirinho do povo, já muito escasso, não estivesse envolvido. VERGONHA!
