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sábado, 2 de julho de 2011

Palmares terá UTI do SUS

Hospitais públicos regionais e conveniados ao SUS no interior de Pernambuco vão ganhar 80 leitos de terapia intensiva. A descentralização da oferta de UTI, um dos gargalos no Estado, começará este mês: será instalado serviço com capacidade para 10 pacientes na Casa de Saúde e Maternidade de Limoeiro, no Agreste. Outras seis UTIs serão abertas até dezembro, em cidades da Mata, Agreste e Sertão. A medida faz parte de um pacote anunciado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde, que prevê 158 novas vagas para o tratamento, 48 delas na Região Metropolitana e outras 30 a serem compradas para recém-nascidos na rede privada, na mesma região.

A parte fácil é montar a estrutura. O mais difícil é preencher os quadros de recursos humanos, afirmou o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, que estabeleceu uma abertura gradativa das unidades, de julho a dezembro, para possibilitar o reforço de equipes médica e enfermagem nas regiões contempladas. No pacote, estão 28 leitos do Hospital Pelópidas da Silveira, no Curado, a ser aberto em outubro, e outros 20 do Imip, na capital.

Além de Limoeiro, haverá UTI em Vitória de Santo Antão, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Salgueiro e Ouricuri. A interiorização é o grande diferencial desse plano de expansão de serviços, afirma o secretário. Por enquanto, o SUS só oferece, no Estado, UTIs na capital, Caruaru, Petrolina, Arcoverde, Garanhuns e Serra Talhada. 

O investimento será de R$ 12 milhões em obras. A cada mês, os serviços custarão R$ 3,8 milhões aos cofres estaduais. Por mês, as novas UTIs devem atender 711 pacientes. A Secretaria Estadual de Saúde convocará o saldo de médicos intensivistas do último concurso, de 2009, e também realizará seleções simplificadas. A expectativa é que as novas UTIs gerem mil postos de trabalho.

O SUS, no Estado, tem 729 leitos de UTI. Até 2007 era um total de 228 leitos de UTI. Atualmente, esse número é de 729 (220% de aumento). O projeto de interiorização da assistência especializada prevê ainda para este mês o início das obras das Upas de Especialidades em Caruaru, Garanhuns e Petrolina.
Fonte: Jornal do Commercio

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Palmares ganhará distrito industrial

O município de Palmares, na Mata Sul de Pernambuco, ganhará um distrito industrial que será batizado com o nome do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, avô de Eduardo Campos (PSB). Será uma área equivalente a 95 campos de futebol no encontro da PE-123 com a BR-101.

O Governo do Estado está investindo R$ 1,6 milhão nas obras de terraplanagem e projeto de engenharia, que começam a ser feitos em setembro.

A primeira empresa a se instalar por lá é a Sthioppa, do ramo de rodas e rodízios. As obras começam em novembro. A indústria está investindo R$ 14,3 milhões, ocupará uma área equivalente a oito campos de futebol e vai gerar 283 empregos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Governo se reúne com comerciantes em Palmares


Edson Silva defende interesses dos comerciantes palmarenses
Nesta terça-feira, 28 de junho, aconteceu na sede da ACIAP - Associação Comercial dos Palmares - mais uma reunião para tratar da criação do novo Polo Comercial dos Palmares. Na oportunidade foi apresentado o ante-projeto pela AD Diper - Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, aos principais interessados, os comerciantes da citada avenida. Na reunião, em que mais uma vez, estive representando os comerciantes daquela área, indaguei os membros do Governo, presentes ao encontro, sobre dúvidas, ainda existentes, com relação aos critérios de avaliação dos imóveis, a situação dos inquilinos e moradores, as mudanças no termo de acordo, do ponto de vista jurídico e prazos para implantação das novas instalações. O prefeito do município, também presente a reunião, colocou que houve encontros anteriores para definição do novo Polo, se posicionando como idealizador do centro de compras, num entanto, algumas perguntas ficaram no ar, como por exemplo:
AD Diper apresenta ante-projeto
1 – Se havia a intenção de beneficiar os comerciantes da Avenida José Américo de Miranda, porque não foi comunicado a esses empresários?

2 – Se o terreno seria doado a eles, para as novas edificações, porque os governos do estado e do município iniciaram as demolições, simplesmente impondo aos comerciantes apenas um valor pré-definido para as indenizações e nada mais?

3 – Se existia um projeto, como foi dito por membros do governo do prefeito Beto, porque ele não foi apresentado aos comerciantes e o Projeto de Lei não foi enviado a Assembléia Legislativa para doação do terreno, etc, etc, etc.
Edson Silva defende comerciantes palmarenses
Em resumo, todos agora querem ser os pais do novo Polo Comercial, mas na verdade, ele será criado graças ao descontentamento dos comerciantes da área e o seu poder de mobilização. Se dependesse do poder público local, a idéia ficaria apenas no papel, ou beneficiaria os apadrinhados de quem está no poder.

domingo, 26 de junho de 2011

Esperança para a Mata Sul

Um ano depois das enormes cheias que devastaram a Mata Sul de Pernambuco  com efeitos mais perversos sobre os municípios de Palmares, Água Preta e Barreiros, já se pode constatar a presença efetiva do Estado, tanto quanto se vê também que ainda há muita coisa para ser feita. Há poucos dias, o governador Eduardo Campos entregou à população as primeiras 139 casas de um projeto concebido para construir 12 mil em todos os municípios atingidos. O Hospital de Palmares, totalmente destruído pela enchente, foi reconstruído, primeira etapa, em apenas 8 meses, ao lado de pontes e passagens molhadas, enquanto já foram concluídos estudos e projetos para a construção de quatro barragens regulatórias e de contenção que serão a solução mais apropriada para as cheias do Rio Una.

A essa atenção do governo do Estado se deve acrescentar a presença do governo federal com a liberação de recursos e o socorro do empréstimo a grandes, pequenas e microempresas, como nunca se viu no espaço urbano da região canavieira. Pelos efeitos já visíveis dessas ações articuladas, gerou-se nas áreas atingidas uma expectativa compreensivelmente otimista, mas há segmentos que fazem da dúvida o método e esperam que o processo de reconstrução não sofra contingenciamento e que os projetos já concluídos se transformem, efetivamente, nas obras programadas. É natural que assim seja, diante das anunciadas medidas de contenção de gastos do governo federal, para impedir a volta do fantasma da inflação.

O que não parecem estar em foco, ainda, são medidas estruturadoras capazes de mudar o perfil econômico dessa região dominada pela monocultura canavieira e detentora de alguns dos piores indicadores humanos de Pernambuco. O que está sendo feito até agora naturalmente deve receber o reconhecimento de todos, pois é raro se verificar, por exemplo, um trabalho de recuperação nos moldes com que foram restauradas estradas, pontes e equipamentos urbanos essenciais, como um grande hospital. Entretanto, o medo com que as populações receberam chuvas mais fortes menos de um ano depois das enchentes devastadoras de 2010, mostrou que a grande obra vai muito além do reparo, que é preciso repensar a ocupação da Mata Sul, acrescentando-lhe transformações sociais profundas.

Além dos recursos que chegaram e continuam chegando para as obras de reparo, da atenção que está sendo dada à ocupação de áreas de risco, o propósito de controlar o rio Una, o apoio financeiro com empréstimos generosos em prazo de carência e pagamento, além disso tudo, parece-nos que deveria chegar, também, alguma coisa nos moldes das mudanças que transformaram parte do Agreste de Pernambuco num importante polo econômico, gerando emprego e renda para a população local e até importando mão de obra. O problema consiste tão somente em identificar uma nova vocação para cada um dos principais núcleos da região levando-lhes o apoio financeiro, orientação e qualificação para empreendimentos que superem o império da economia canavieira, extremamente concentradora. 
Fonte: JC